Já faz muitos anos desde que joguei Tony Hawk’s Pro Skater 3 no meu querido PlayStation 2, e posso dizer que esse jogo marcou muito a minha infância. Por isso, quando tive a oportunidade de testar a demo do novo Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4, no PlayStation 5, a sensação foi algo difícil de explicar.
Assim que comecei a jogar, parecia que estava com o controle nas mãos pela primeira vez novamente. A nostalgia bateu forte, mas o que mais me surpreendeu foi o quanto o jogo conseguiu manter aquela essência dos clássicos, enquanto entrega uma experiência moderna, atual e visualmente impressionante.
Gráficos que respeitam o passado e impressionam no presente
Logo nos primeiros minutos de gameplay, fica claro o quanto a equipe de desenvolvimento trabalhou para atualizar o jogo, sem abrir mão do que fez da franquia um sucesso mundial. O nível de detalhes nos cenários, a iluminação, o visual dos personagens e dos elementos de cada pista estão simplesmente incríveis.
Por outro lado, mesmo com toda essa modernização gráfica, o jogo preserva aquela identidade clássica que tanto marcou o início dos anos 2000. Jogar novamente pistas que explorei por horas na infância trouxe uma sensação de reencontro, mas ao mesmo tempo, me fez sentir que estava jogando algo novo, de verdade.

Rayssa Leal e o orgulho brasileiro em um clássico mundial
Uma das coisas que mais me deixou feliz foi ver a Rayssa Leal como personagem jogável. Ver alguém do Brasil representando em um jogo desse porte é muito gratificante. A Rayssa não é só uma skatista talentosa, ela se tornou símbolo de uma nova geração de atletas, e agora, está eternizada em um dos jogos mais icônicos do skate.
Essa escolha demonstra o quanto o jogo busca conectar gerações diferentes, respeitando os veteranos e, ao mesmo tempo, dando espaço para novos nomes brilharem. Essa combinação de passado e presente é o que torna o Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4 tão interessante.
Aprendizado e desafio: a velha escola está de volta
Confesso que apanhei muito para aprender novamente os comandos e o jeito do jogo. Faz muitos anos que não jogava Tony Hawk, então, a adaptação foi um pouco mais difícil do que imaginei. No entanto, essa curva de aprendizado faz parte da experiência.
Assim como antigamente, o jogo exige prática, tempo e paciência. Errar, tentar de novo, melhorar o tempo de resposta, dominar os combos e aprender a explorar cada pista. É um processo que faz parte da diversão e que, aos poucos, me fez relembrar o porquê de ter me apaixonado pela franquia tantos anos atrás.
É impossível falar de Tony Hawk’s Pro Skater sem lembrar do impacto que esses jogos tiveram na cultura pop e na popularização do skate. Para muitos, essa franquia foi a porta de entrada para o universo do skate e também para a música alternativa, com trilhas sonoras que se tornaram icônicas. Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4 mantém esse legado vivo. A experiência de jogar hoje, com gráficos atualizados, novos personagens e pistas clássicas, reforça o quanto esses jogos seguem relevantes, mesmo após mais de duas décadas desde o lançamento original.

O jogo que me fez sentir criança de novo
Depois de jogar a demo no PS5, me senti como aquela criança que passava horas tentando fechar as fases e melhorar os combos. A sensação de nostalgia misturada com o impacto visual atual me deixou animado com o que vem pela frente.
Para quem viveu a época do PS2, assim como eu, esse “remake” é quase um convite para voltar no tempo. E para quem nunca jogou, é a chance perfeita de conhecer um dos maiores clássicos dos esportes radicais nos videogames.
O mais importante é que, mesmo depois de tanto tempo, a franquia Tony Hawk’s Pro Skater ainda consegue entregar diversão, desafio e aquele gostinho de nostalgia que poucos jogos conseguem trazer de forma tão autêntica.
Se existe uma definição perfeita para Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4, é simples: o jogo que me fez sentir criança de novo e com muita vontade de tomar achocolatado com pão e margarina enquanto joga, mas com a qualidade e o visual que só a tecnologia de hoje pode oferecer.