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Review | Star Overdrive (PC)

Desde o começo, Star Overdrive mostra que não é só mais um jogo de ação em um planeta alienígena. Desde o momento em que o vi, me deu a impressão de The Legend of Zelda, porém futurista e em um mundo desolado. Com seu lançamento em 19 de julho de 2025, por uma pequena equipe de apenas 12 pessoas, eu estava ansioso para experimentar como seria a gameplay.

Um mundo estranho

A história de Star Overdrive não é ruim, porém parece mal aproveitada. Ela se desenrola pela visão de BIOS, que caiu em Cebete, um planeta abandonado — esquecido, se é que podemos chamar assim. A lore é introduzida de forma interessante por meio de fitas cassete, logs de áudio e hologramas espalhados pelas estruturas que encontramos pelo caminho. Porém, o jogo não conseguiu me cativar emocionalmente com a narrativa: BIOS parecia não ter sentimentos, estando sempre com a mesma expressão.

Cebete é um planeta desértico, silencioso e cheio de ruínas. Com uma ambientação rica em detalhes, mesmo com pouca variedade visual, o mundo tem seu charme. Dá vontade de explorar, nem que seja apenas para ver o horizonte ou deslizar por dunas gigantes em alta velocidade. Porém, o mapa ainda assim transmite um sentimento de vazio. Por mais que o jogo seja bonito, ele não tem muitas construções ou elementos no cenário, fazendo com que, muitas vezes, você veja apenas um grande deserto sem fim.

Star Overdrive
Crédito: Dear Villagers / Reprodução

Keystar, sua melhor amiga

Logo no início, encontramos a Keystar, que funciona como uma espécie de espada futurista que ataca inimigos e ativa mecanismos. Também desbloqueamos uma parte essencial do nosso equipamento: o Hoverboard. É com ele que BIOS se move de forma inesperada e frenética pelo mapa. A sensação de movimento é um dos grandes destaques do jogo — deslizar pelas superfícies, ganhar velocidade e fazer diversas manobras no ar é viciante.

Além disso, a Keystar também conta com diversas habilidades especiais, desbloqueadas ao longo do jogo. Essas habilidades vêm em fitas cassete, encontradas dentro de dungeons espalhadas pelo mapa, cada uma oferecendo um desafio e um novo poder.

Durante minha gameplay, desbloqueei várias habilidades úteis, mas a que mais usei foi a manipulação magnética. Ela permite puxar objetos e inimigos, quebrar escudos e causar dano razoável a média distância. Foi extremamente útil, permitindo explorar locais antes inalcançáveis devido à diferença de altura, ou até me prender a inimigos e ser puxado por eles. Essa mecânica acabou deixando o ritmo do jogo mais rápido e interessante, já que é possível pegar os inimigos e jogá-los para longe ou contra o chão, permitindo combos com diferentes ataques.

Outras habilidades incluem:

  • Disparos de energia: ótima para combates à longa distância.

  • Manipulação temporal: desacelera o tempo, ajudando em lutas mais caóticas.

Essa variedade de poderes dá espaço para diferentes estilos de jogo, e o combate muda bastante dependendo do que você escolhe priorizar.

Inimigos

Apesar das mecânicas legais, o combate sofre com a pouca variedade de inimigos. Eles vão desde robôs simples, com armaduras que precisam ser quebradas com habilidades específicas, até inimigos que explodem ao serem derrotados. Porém, depois de algumas horas, tudo fica meio repetitivo devido à falta de variedade.

Os únicos inimigos que realmente se destacam e são consideravelmente mais divertidos de enfrentar são os bosses. Principalmente o Saltador de Dunas, no qual é necessário combinar três elementos do jogo para derrotá-lo: usar seus poderes para se prender nele, o hoverboard para ficar dentro do alcance de ataque, e por fim, sua arma para eliminá-lo. Infelizmente, a bossfight é curta e, por mais que tenha sido interessante visualmente, acabou sendo mais uma cena cinematográfica do que uma luta com a emoção que se espera de chefes em jogos.

Star Overdrive
Crédito: Dear Villagers / Reprodução

Um mapa aberto e divertido de explorar

O mundo de Cebete é relativamente grande, com destaque para um enorme deserto cheio de colinas, ótimo para quem gosta de velocidade e manobras. Além disso, existem construções abandonadas e ruínas antigas que podem guardar recompensas, colecionáveis ou simplesmente uma boa vista.

Apesar da falta de biomas variados, o mapa incentiva a exploração. Não é um mundo vazio — conseguimos achar construções no caminho, mesmo que simples.

Star Overdrive também conta com puzzles que aparecem principalmente nas dungeons e são bem colocados. Não são absurdamente difíceis, mas também não são triviais. Exigindo muitas vezes o uso das habilidades desbloqueadas para serem resolvidos.

Em alguns momentos, me peguei realmente pensando no que fazer, porém sem ser de forma punitiva como acontece em outros jogos, como Portal Stories: Mel, o que é ótimo. É um bom respiro entre combate e exploração.

Star Overdrive
Crédito: Dear Villagers / Reprodução

Visual e trilha sonora

Star Overdrive conta com um visual interessante, puxado mais para o cartunesco, digno daqueles desenhos que assistíamos aos sábados de manhã. Por mais que os gráficos sejam bons para o estilo proposto pela Dear Villagers, senti que foram mal aproveitados. A paleta de cores parecia se repetir constantemente, e as poucas construções vistas enquanto surfávamos pelo mapa apenas reforçavam essa sensação.

A trilha sonora é boa, com batidas que combinam bem com o ritmo acelerado do jogo. Nada extremamente marcante, mas cumpre bem seu papel. Já os efeitos sonoros ajudam bastante a transmitir uma sensação épica durante as batalhas, ou mesmo enquanto você está apenas vagando pelo deserto sem rumo.

Desempenho

Testei o jogo em um Intel i5 14400F, RTX 4060 Ti e 32 GB de RAM, com tudo no máximo, e o desempenho foi excelente. Não tive quedas de FPS, mantendo uma média de 110 FPS durante toda a jogatina. Porém, o jogo limita seu FPS, oferecendo as opções de 60, 90 e 120 FPS, não permitindo ir além disso.

Star Overdrive é uma boa surpresa. Apesar de pecar na repetição de inimigos e na pouca variedade visual, ele compensa com movimentação fluida, combate interessante e uma boa dose de exploração em alta velocidade. A história, mesmo que confusa, é intrigante o suficiente para manter o interesse, e as habilidades desbloqueáveis fazem ótima diferença na forma como você planeja jogar. O jogo é bom em todas as áreas, porém não tem nenhum destaque realmente memorável.

Star Overdrive está disponível para Playstation, Xbox, Switch e PC

NOTA

8.0
★★★★★★★★★★

CONSIDERAÇÕES

Star Overdrive é um ótimo jogo, porem deixa aquele sentimento de que falta a desejar, a pouca variedade dos inimigos e de construções durante a exploração acaba deixando a desejar, porem definitivamente e uma experiencia considerável para aqueles que desejam descansar e apenas aproveitar algum jogo.

Rafael Mantuan
Rafael Mantuan
Apaixonado em jogos Táticos e de simulação.
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