Escuridão e morte no espaço. Desenvolvido pela Pixel Reign e publicado pela Super Rare Originals, Moros Protocol é um FPS roguelite de ficção científica onde uma nave de guerra foi atacada por horrores completamente deformados, e o protagonista é guiado por uma voz que ele desconhece.
A invasão dos darkphages
A história de Moros Protocol é contada de uma forma simples, diferente de vários jogos que repartem a narrativa em pedaços, obrigando ir atrás de certos locais, relatos ou itens para descobrir mais. Aqui, basta jogar e avançar até o final, extremamente simples e eficaz, assim como sua trama propriamente dita.
O jogo começa apresentando o protagonista Alex, um dos passageiros dessa nave de guerra que estava em sono criogênico. Ao acordar, ele entra em contato com o sistema para tentar descobrir mais informações, mas percebe que precisa ir até o terminal que fica mais distante. Assim que Alex sai da câmara criogênica, repara que a nave parece ter sido atacada e, avançando, percebe o pior: criaturas horrendas chamadas darkphages haviam invadido a nave e matado todos que estavam nela. O objetivo inicial, então, é descobrir exatamente o que aconteceu.
As coisas vão se montando aos poucos, mas ainda assim se formando e entregando a história. Mesmo que simples e com poucas informações, elas são bem entregues.
Uma luta constante contra o inesperado
O ponto alto de Moros Protocol é sua gameplay mais pensada para ser algo dinâmico, mas também podendo ser jogado com mais cautela, principalmente por causa da stamina, que após certos golpes, pulos ou esquiva se esgotará, além de que ela irá parar de se regenerar ao correr, então se a stamina se esgotar, o personagem ficará mais lento, o deixando completamente vulnerável aos inimigos. Tem alguns inimigos que acabam ficando em maior quantidade e com alguns sendo bem mais chatos, fazendo com que seja o principal foco, que geralmente são os que lançam projéteis.

Os inimigos são até que bem variados, conforme avançando vão sendo adicionados mais horrores nas batalhas, todos os inimigos são darkphages, mas também tendo zumbis, mas os darkphages são os mais comuns e por muitas vezes sendo os mais chatos, por serem criaturas que acabam sendo até que esquecíveis em certos momentos de contenção, fazendo com que seja fácil tomar um dano surpresa por conta disso ou acabar morrendo sem nem saber de onde veio às vezes. O jogo marca de maneira até que sútil a direção do inimigo, sendo uma seta vermelha meio transparente, só que pequena no geral além de ser possível nem ver essa seta, pode também prestar bastante atenção nela, não que seja algo bom.
O mapa do jogo é gerado de maneira aleatória, com até mesmo a parte inicial mudando. As salas sempre podem trazer alguma surpresa: desde algo vazio só para compor o caminho, até uma sala repleta de inimigos, uma sala secreta, apenas um baú ou um local que exige cartão de acesso, sendo nesses que as armas se encontram. O fator aleatório torna tudo bem mais interessante, até porque, mesmo que algumas salas se repitam, isso não tira o fator surpresa, já que os inimigos surgem de maneira variada com base na localização atual.

As armas apresentam algumas variações, tanto corpo a corpo quanto de longo alcance, oferecendo uma diversidade considerável. Eu, pessoalmente, não tive muita sorte em encontrar armas diferentes, mas pelo menos nas corpo a corpo houve certa variedade. Minha favorita foi um porrete preto com detalhes vermelhos, extremamente útil, capaz de matar a maioria dos inimigos com um único golpe.
Uma experiência no espaço
O jogo tem um visual pixelado em seus modelos 3d, mas ainda sim é feito de uma maneira funcional, o jogo é bonito no geral, conseguindo criar uma certa atmosfera mais tensa, principalmente em setores que tem menos luz, onde o uso da lanterna é quase que obrigatório, o jogo deixar uma certa tensão, mas ainda sim deixa claro que não é o foco com sua música.

Os efeitos sonoros do jogo são bons, os sons dos inimigos, armas e a movimentação no geral, mas ainda sim, com sua música sendo algo que se destaca na gameplay, sendo uma música que quer deixar um dinamismo na cena, não é para parar, mas sim continuar eliminando esses seres aparecem no caminho.
Estabilidade durante a jornada espacial
O jogo não aparentou bugs, mas ainda sim não quer dizer que está livre deles. O jogo também rodou muito bem na média de 150 FPS.
Joguei o jogo nas seguintes configurações:
- Intel Core i5 12400f
- 16GB RAM
- RTX 3060
Os requisitos do jogo:
- Intel i5 / AMD Ryzen 5
- 8GB RAM
- Geforce GTX 1050ti
Um roguelite direto e eficiente
Moros Protocol consegue entregar uma experiência sólida dentro do gênero roguelite, misturando ação em primeira pessoa com uma atmosfera de terror espacial que, mesmo não sendo o foco principal, contribui para manter a tensão constante. Sua proposta simples, tanto na história quanto nas mecânicas, funciona muito bem: não há rodeios ou enredos complexos, apenas a sensação de sobreviver dentro de uma nave infestada por horrores deformados.
A variedade de inimigos e o fator aleatoriedade dos mapas garantem que cada partida traga novos desafios, mesmo que em alguns momentos a repetição de salas seja perceptível. O sistema de stamina adiciona um peso estratégico à gameplay, exigindo que o jogador escolha bem quando atacar, esquivar ou correr. Já o arsenal, embora não seja tão vasto quanto poderia, oferece opções satisfatórias.
Visualmente, o estilo pixelado em 3D pode dividir algumas opiniões, mas cumpre seu papel, principalmente quando combinado com o design de ambientes escuros e a necessidade do uso constante da lanterna. A trilha sonora, por sua vez, dá vida às batalhas, mantendo um ritmo dinâmico que incentiva a não parar em momento algum.
No fim, Moros Protocol não tenta reinventar o gênero, mas acerta em entregar uma jogabilidade divertida, direta e desafiadora. Para quem gosta de roguelites de ação com elementos de terror, ele é uma boa escolha, trazendo partidas intensas e um clima de constante perigo que prende até o último minuto.
NOTA
CONSIDERAÇÕES
Moros protocol é um roguelite simples mas ainda sim uma diversão na medida certa, dando para se divertir por algumas horas sempre aprendendo com suas runs, é uma experiência que vale a pena.
