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Review | EA SPORTS College Football 26 (PS5)

EA SPORTS COLLEGE FOOTBALL 26 me pegou de surpresa. Eu, que nunca tinha dado atenção real ao futebol americano universitário, achei que estava entrando em mais um jogo de esporte qualquer desses que vêm e vão todo ano. Mas, para minha surpresa, encontrei algo muito maior. O jogo não só me ensinou o básico das regras e estratégias, como também me fez sentir parte de um universo que eu sequer sabia que existia. E o mais importante: ele me divertiu. Teve momento em que eu vibrei de verdade com touchdowns, comemorei vitórias como se fossem reais e parei só para admirar o visual absurdamente bonito e realista do jogo. Não esperava nada disso, e acabei fisgado.

Sábado é dia de jogo

De cara, EA SPORTS COLLEGE FOOTBALL 26 me pegou. A introdução apresenta toda a energia de um sábado universitário: estádios lotados, cânticos apaixonados, bandas marciais e mascotes carismáticos. Mesmo sem nunca ter assistido a um jogo completo na vida real, senti o peso daquele ambiente. A ambientação é absurdamente eficaz em capturar o espírito de uma tradição que move milhares de pessoas a cada semana.

O primeiro impacto visual é potente. A atenção aos detalhes na ambientação universitária supera qualquer expectativa: cada estádio, uniforme, música e coreografia foram cuidadosamente colocados para replicar a paixão pelo college football. É difícil não se envolver quando tudo vibra ao seu redor e foi exatamente isso que aconteceu comigo. Cada universidade tem uma identidade tão forte que comecei a me sentir parte daquele universo, mesmo sem qualquer ligação real com as instituições.

Aprendizado dentro de campo

Comecei pelo modo Jogo Rápido de EA SPORTS COLLEGE FOOTBALL 26, onde explorei diferentes universidades, estilos e conferências. Não sabia o que era um RPO (Run-Pass Option), mal entendia as formações ofensivas e ficava perdido com tantas opções. Mas aos poucos fui entendendo o ritmo do jogo. O tutorial inicial ajuda, mas foi no erro e acerto que aprendi de verdade.

E o gameplay ajuda muito nisso. A jogabilidade tem peso, impacto e fluidez. Jogadas corridas são intensas, e o controle do QB oferece liberdade estratégica: ler a defesa, mudar jogadas na linha e improvisar quando tudo dá errado. Para um novato como eu, o sistema de sugestões e o feedback visual foram cruciais para não me sentir sobrecarregado.

A movimentação dos jogadores é convincente, e os detalhes no posicionamento, nas fintas e nos bloqueios elevam a autenticidade. O jogo recompensa quem estuda táticas e adapta estratégias conforme o adversário. Mesmo com minha inexperiência, pude experimentar o impacto real de decisões bem (ou mal) executadas e isso é extremamente satisfatório.

Teve um momento em que consegui um touchdown no finalzinho do segundo quarto, com uma jogada longa e arriscada, e eu literalmente levantei da cadeira vibrando. O jogo tem esse poder: quando tudo encaixa, você se sente o próprio herói da universidade. Não é só sobre vencer, é sobre emocionar.

No entanto, alguns problemas técnicos se destacam. A IA de bloqueio às vezes falha de forma inexplicável, criando buracos na linha ofensiva que não deveriam acontecer. Além disso, a física da bola tem momentos esquisitos como passes que ganham trajetória estranha em ângulos inesperados. São questões que não quebram o jogo, mas que tiram um pouco do polimento esperado de um título desse porte.

Road to Glory: promissor, mas contido

Empolgado com o que vi nos modos rápidos, mergulhei no modo carreira de EA SPORTS COLLEGE FOOTBALL 26. Criei meu personagem, escolhi uma posição e comecei minha jornada no ensino médio. O formato é promissor: você joga partidas no colegial, escolhe universidades que te oferecem bolsas e lida com decisões pessoais ao longo da carreira.

Mas logo percebi que esse modo precisa de mais ambição. Fora do campo, há poucos eventos, poucas decisões impactantes. Não há sistema social, vida no campus ou profundidade narrativa. As entrevistas, escolhas e treinos são superficiais. Mesmo o NIL (Name, Image and Likeness), que adiciona contratos e patrocinadores ao jogo, é explorado de forma tímida e pouco integrada ao restante da experiência.

No campo, tudo melhora. A progressão do jogador, o sistema de desgaste, a pontuação de performance e a competição por posições dentro do time são bem desenvolvidos. O cansaço real afeta o desempenho e exige rotação, algo que dá autenticidade e profundidade tática. Existe um senso de conquista real ao ganhar espaço no time principal e conduzir sua equipe à vitória.

A trilha sonora durante os jogos colegiais e a forma como os estádios ganham vida tornam a progressão prazerosa. Mas o modo precisa de mais conteúdo fora das quatro linhas para se destacar de verdade. Existe uma base excelente aqui, mas falta ousadia para transformá-la em algo memorável.

Dynasty: gestão com emoção

Se o RTG é sobre emoção e desenvolvimento pessoal, o modo Dynasty em EA SPORTS COLLEGE FOOTBALL 26 é sobre gestão e domínio estratégico. Aqui, virei técnico principal de uma universidade, controlando treinamentos, táticas, transferências e recrutamento.

Esse modo é um prato cheio para quem gosta de microgerenciamento. A interface de recrutamento é intuitiva e profunda. Cada prospecto precisa ser estudado, persuadido e acompanhado. O novo sistema de Pontos de Interesse e visitas personalizadas transforma o processo em um jogo à parte. É um tabuleiro complexo, mas com regras claras e recompensas gratificantes.

Além disso, a árvore de habilidades dos técnicos permite especializações e upgrades que impactam diretamente o desempenho do time. É viciante. Em poucos dias, me vi traçando planos de longo prazo, analisando concorrentes e monitorando os melhores talentos do país.

Gostei especialmente do calendário dinâmico de recrutamento e da forma como cada universidade tem suas limitações e vantagens. É necessário fazer escolhas inteligentes com os recursos disponíveis, o que aumenta a imersão. Mesmo com pouco conhecimento prévio, consegui montar um time competitivo e fui premiado com rivalidades acirradas e vitórias memoráveis. É um modo que transforma você em arquiteto de uma dinastia esportiva e isso, por si só, já é incrível.

Atmosfera universitária em cada detalhe

A apresentação é um dos maiores triunfos de EA SPORTS COLLEGE FOOTBALL 26. A narração dupla, com estilo mais leve e bem-humorado, combina perfeitamente com o espírito universitário. As câmeras de transmissão, ângulos dinâmicos e a trilha sonora licenciada completam a experiência com elegância e entusiasmo.

As bandas marciais são um espetáculo à parte. Cada universidade tem sua música-tema e coreografia personalizada, com animações dedicadas. Isso cria uma identidade única para cada confronto, elevando a sensação de que cada jogo é um evento com alma própria.

A interface também foi redesenhada para ser mais amigável. O menu principal traz destaques semanais, atualizações de times e alertas sobre rivalidades em andamento, o que me ajudou a acompanhar a narrativa do campeonato sem estar imerso no esporte desde antes. Em poucos dias, eu já reconhecia equipes, mascotes e tradições, como se fosse parte daquele universo desde sempre.

Estável, mas com ajustes necessários

No geral, o jogo roda de forma estável. Os tempos de carregamento são rápidos, as animações fluem bem mesmo com múltiplos jogadores em campo e não encontrei travamentos graves. Ainda assim, há pequenos bugs visuais e momentos de IA estranha, principalmente no bloqueio e nas decisões defensivas da CPU. Nada que arruíne a experiência, mas são pontos que podem (e devem) ser ajustados em atualizações futuras.

Mais do que um jogo, um convite à tradição

EA SPORTS COLLEGE FOOTBALL 26 me ensinou que o futebol universitário vai além das táticas e touchdowns. É sobre tradição, identidade, comunidade e paixão. Mesmo sendo um completo iniciante, fui acolhido por um sistema que equilibra desafio e aprendizado com uma elegância rara nos jogos esportivos atuais.

Teve momentos em que eu ri, gritei, me frustrei e vibrei como se estivesse realmente envolvido com um campeonato real. Algumas partidas foram tão acirradas que fiquei tenso até o apito final. Em outras, pude relaxar e só curtir o espetáculo visual e sonoro que o jogo oferece. É um título que, honestamente, me divertiu muito.

Mesmo com falhas em modos como o RTG, o jogo entrega uma experiência envolvente e cheia de possibilidades. Para fãs veteranos, representa um retorno triunfal. Para iniciantes como eu, é um convite para mergulhar em um universo onde cada sábado é sagrado.

E agora, ao ouvir uma banda marcial tocando no fundo, sei exatamente o que está acontecendo: é dia de jogo. E eu não quero ficar de fora.

NOTA

8.5
★★★★★★★★★★

CONSIDERAÇÕES

EA SPORTS COLLEGE FOOTBALL 26 entrega uma experiência autêntica e envolvente, capaz de conquistar tanto veteranos quanto iniciantes, unindo tradição, emoção e diversão em cada partida.

Gustavo Feltes
Gustavo Feltes
Eu amo jogar, jogar é uma parte de mim. Cada história, momento, universo e gameplay me encantam. Eu não tenho restrições de jogos, cada célula do meu corpo clama por isso.
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