Desde o anuncio de FBC: Firebreak, fiquei extremamente curioso para o lançamento, havia zerado novamente control há pouco tempo atrás e estava atrás da platina, então não pensei duas vezes antes de começar a jogar, já era fã da franquia, e da própria Remedy. E posso falar, que jogo maravilhoso, com seu design de mapa excepcional, e gráficos excelentes, o jogo proporciona uma gameplay extremamente divertida para até 3 jogadores, em áreas não vistas antes dentro da franquia.
O retorno à Casa Mais Antiga
A história de FBC: Firebreak se passa dentro da Casa Mais Antiga, sede do Escritório Federal de Controle (FBC), um local já familiar aos jogadores de Control.
Neste novo capítulo, controlamos um agente da unidade especial “Firebreak“, criada para conter ameaças paranormais que surgiram após os eventos de Control. Senti como se estivesse voltando para o Control, só que dessa vez, como agente, e não como diretor, proporcionado uma visão totalmente diferente da apresentada anteriormente dentro da franquia.
Jogabilidade interessante, com novos desafios
A gameplay mistura exploração, combates intensos e eventos dinâmicos que alteram o ritmo do jogo. Em alguns momentos me vi avançando tranquilamente por áreas menos hostis e em outros, o jogo se transformava em um verdadeiro caos, com ondas de inimigos invadindo o mapa — digno de uma cena de Guerra Mundial Z.
Ainda assim, acabou sendo bem equilibrado, permitindo pausas após hordas intensas. E a variedade de inimigos exigindo táticas diferentes a cada novo confronto, com situações que iam desde grandes grupos de inimigos fracos até inimigos blindados que só conseguiam ser derrotados ao atingir suas costas.
Porém, o jogo pecou bastante no balanceamento de armas. É evidente que toda a grande maioria dos jogadores acaba utilizando 2 armas, sendo elas: A Espingarda, e a Metralhadora, essa ultima sendo a minha arma mais utilizada até o momento, com um grande pente de munição e bom fire rate no ultimo nível, permite que eu limpe diversas hordas de inimigos sem me preocupar muito.

Novos inimigos
Acredito que não poderia haver melhores inimigos para combinarem com o jogo, por mais que seria interessante ver tipos diferentes de inimigos, Mesclam-se de forma excelente com o cenário proposto pela Remedy, com um visual interessante e único, dando uma ótima sensação ao jogar.

Níveis de dificuldade acessíveis
O nível de dificuldade de Firebreak é excelente, tanto para o jogador mais casual até o mais experiente, contando com 4 níveis de dificuldades, e a opção de ativar um modificador de corrupção, para Objetos Alterados, inimigos que aplicam buffs em outros, e só podem ser eliminados de formas especificas, dando ao jogo uma ótima sensação e uma maravilhosa experiencia para qualquer jogador decido a realizar o trabalho.
Novas mecânicas e sistemas
FBC: Firebreak me mostrou diversas mecânicas, não vista anteriormente em jogos da Remedy, com um sistema de upgrades para Skills e Armas, que combina muito com a gameplay frenética e divertida do jogo, além disso vimos a adição de estações de cura e munição, as quais muitas vezes estão desativadas, e precisam ser reparadas antes de utiliza-las, além disso o sistema de cura me impressionou muito, a decisão de utilizarem água como forma para remover os debuffs e cura-lo dentro do jogo.
Durante a gameplay, será visto diversos eventos, como exaustores ligando e queimando todos em sua frente, incluindo inimigos, pisos pegando fogo, dificultando a passagem e a quebra de equipamentos, para dificultar a progressão durante o trabalho, além da excelente escolha de Debuffs para serem aplicados aos jogadores, como alguns post-its que acabam deixando a sua visão ruim, o frio fazendo o seu personagem ficar lento, ou até queimadura e radiação, que faz com que o seu personagem leve dano com o tempo, e sejam cada vez mais letais caso não seja lidada, com os chuveiros no inicio de cada fase, ou sprinklers instalados estrategicamente no teto.
Porém algo que crítico é a respeito à sua rejogabilidade: após várias partidas, os mapas e objetivos continuam o mesmo, o que acaba tornando a experiência previsível e cansativa com o tempo.
Gráficos e ambientação marcantes
Visualmente, o jogo me impressionou. Com cenários ricos em detalhes, e interagíveis, além da utilização de água para remover debuffs. Além disso uma excelente adição ao jogo foi as áreas não vistas antes dentro da franquia, com as paletas de cores sombrias e a identidade visual que se assemelham a Control, reforçando a sensação de que algo deu muito errado naquele ambiente.
As áreas variam entre setores industriais, minas e até espaços executivos, oferecendo variedade sem quebrar a imersão de estar dentro da Casa Mais Antiga, como visto em Control. A trilha sonora complementa a ambientação e aumenta a tensão durante os confrontos, reforçando o clima épico de lutar contra hordas e hordas de inimigos.

Desempenho
Testamos o jogo em um Intel i5 14400F, RTX 4060 Ti e 32 GB de RAM, com tudo no máximo, Raytracing desativado, DLSS ativado e frame generation em 2x. O desempenho foi ótimo, não travando em praticamente nenhuma parte, mantendo média de 90 FPS durante toda a gameplay.
No entanto, em um trecho, o jogo parecia estar em modo câmera lenta. Tudo seguia fluido, sem travamentos, mas havia a impressão de lentidão.
Vale a pena jogar?
FBC: Firebreak é um jogo que surpreende, com seu cenário interativo, nível de dificuldade desafiadora, porém não punitiva, fazendo com que a adição de novos mapas no futuro apenas eleve o nível de sua gameplay.
Ele proporciona uma experiencia extremamente divertida para jogar com seus amigos, e ainda melhor para fãs da franquia, Deixando ele com um gostinho de quero mais.
NOTA
CONSIDERAÇÕES
FBC: Firebreak é uma excelente surpresa cooperativa da Remedy, combinando ação frenética, ambientação imersiva e uma boa dose de criatividade. Apesar de pequenos problemas de balanceamento e rejogabilidade limitada, o jogo entrega uma experiência intensa e divertida, especialmente para fãs do universo de Control.