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Review | Katanaut (PC)

Um dia humanos, agora criaturas a deriva no espaço. Desenvolvido e publicado pela Voidmaw, Katanaut é um roguelite de ação com uma mistura de horror cósmico, onde tem batalhas intensas contra criaturas bizarras de aparência distorcida que já foram humanas algum dia.

Uma Jornada Pelo Cosmos

O enredo de Katanaut não é entregue de forma direta. Ele se constrói gradualmente, peça por peça, conforme o jogador avança, morre e retorna ao ponto inicial. A morte, inclusive, não é apenas uma penalidade: é uma oportunidade de descobrir novos fragmentos narrativos. Entre cada retorno, determinados personagens surgem para interagir, com o protagonista, conhecido como Naut.

Naut é um mercenário que chega a uma estação espacial acompanhado de dois colegas de equipe, Carver e Nox. O trio atende a um pedido de socorro vindo do meio do espaço, mas, já durante a viagem, Naut demonstra inquietação, como se houvesse algo na escuridão do espaço.

Também se tem certas maneiras de saber mais sobre a história de cada fase, sendo através de bilhetes, que falam como era o ambiente e como era visto pelas pessoas ou podendo dar uma certa descrição do chefe.

Dinamismo no Campo de Batalha

O combate é um dos maiores pontos fortes de Katanaut. Ele entrega exatamente o que promete: ação que se intensifica e fica mais desafiadora. Um detalhe interessante é a inspiração clara em jogos como Dead Cells. A presença de mecânicas semelhantes não tira o brilho da obra, pelo contrário, mostra como a Voidmaw conseguiu absorver boas ideias e aplicá-las de forma competente, adaptando-as ao seu próprio estilo.

A jogabilidade é dinâmica, com fluidez nos movimentos e variedade suficiente para manter cada partida única. A katana, arma principal de Naut, é o núcleo do combate corpo a corpo. Embora possua poucas variações, ela se adapta a diferentes estilos de jogo, permitindo construir estratégias de aproximação mais agressivas ou controladas. Já as armas secundárias são muito mais diversificadas e incluem pistolas, lança-granadas e até shurikens. Cada uma delas tem um peso distinto no combate, se destacando em situações específicas e garantindo variedade no arsenal.

Outro elemento essencial é o sistema de vantagens e melhorias. Entre as fases, em salas seguras, o jogador pode adquirir buffs que fortalecem Naut de diversas maneiras aumento de dano, maior resistência ou suporte adicional, como drones. Além disso, melhorias permanentes podem ser desbloqueadas ao encontrar diagramas espalhados pelos mapas. Esses diagramas precisam ser entregues ao especialista da base, que também é responsável por liberar novas habilidades, vantagens e armas. Esse ciclo constante de progresso incentiva a exploração e oferece recompensas tangíveis para cada tentativa.

Um destaque à parte é a mecânica de parry com a katana. Embora não seja obrigatória, ela representa uma das ferramentas mais poderosas do jogo. Executar o parry no momento exato garante grandes vantagens no combate. Há, contudo, uma sensação de inconsistência em alguns momentos: mesmo acertando o tempo, parece ser possível receber dano. Apesar disso, o jogo fornece uma indicação visual clara, um ponto de exclamação que ajuda bastante na execução. Quando dominada, essa técnica transforma completamente a maneira de jogar, recompensando reflexos rápidos e precisão.

A dificuldade, como em todo bom roguelite, é desafiadora. A morte é frequente, mas raramente frustrante. Cada tentativa traz aprendizado, seja no reconhecimento de padrões de inimigos, no aproveitamento das armas ou na melhor utilização das vantagens disponíveis. Isso gera um ciclo viciante de “só mais uma run”, que se encaixa perfeitamente no gênero.

O Eco Das Criaturas

O aspecto visual de Katanaut merece destaque. Sua pixel art é muito bem trabalhada, transmitindo identidade própria e reforçando a atmosfera de horror cósmico. Cada NPC e criatura é diferenciado visualmente, evitando confusões e tornando a experiência mais imersiva. A iluminação é usada de forma inteligente, criando contrastes que aumentam a tensão.

A ambientação carrega uma estética de ficção científica decadente, que combina perfeitamente com a proposta do jogo. O jogador sente que cada canto pode esconder um perigo.

Já a trilha sonora acompanha esse clima com precisão. As músicas possuem uma sonoridade tecnológica, que reforça a ambientação futurista. Durante os combates, a trilha ganha ritmo e intensidade, mantendo a tensão sempre elevada. O efeito sonoro das armas, dos golpes da katana ajuda a compor uma experiência auditiva mais envolvente. Muitas vezes, o som do combate encobre a música, mas isso não atrapalha.

Um Roguelite que Brilha no Escuro

Katanaut é um roguelite de ação que entende bem o gênero ao qual pertence, mas não se limita a repetir fórmulas. Ele aproveita mecânicas conhecidas, como as vistas em Dead Cells, e as adapta a um universo próprio, com identidade marcante e atmosfera singular. O horror cósmico é trabalhado de forma eficaz, tanto na construção dos cenários quanto no design das criaturas e na narrativa fragmentada.

O sistema de combate é satisfatório, com fluidez e variedade suficientes para manter o jogador engajado. A katana funciona como pilar central, enquanto as armas secundárias e as vantagens trazem algo mais dinâmico e também personalização às runs. O ciclo de morte e progresso mantém a jogabilidade viciante, desafiando o jogador a melhorar a cada tentativa.

No campo estético, o jogo impressiona com sua pixel art detalhada, uso inteligente de iluminação e uma trilha sonora que amplifica a atmosfera de tensão. O conjunto cria uma experiência imersiva, capaz de transmitir tanto a sensação de isolamento quanto a de constante perigo.

Em resumo, Katanaut se destaca como uma experiência completa: desafiante, atmosférica e recompensadora. É um título que deve agradar tanto aos fãs de roguelites quanto aos apreciadores de jogos com temática sombria e ambientação sci-fi. Um mergulho no desconhecido, onde cada passo pode ser o último, mas cada morte é também um novo começo.

NOTA

9.0
★★★★★★★★★★

CONSIDERAÇÕES

Katanaut é um roguelite 2d incrivel, bem frenético e intenso em várias partes, principalmente pelo horror cósmico, quem curte jogos tipo dead cells, esse jogo é uma ótima opção.

Victor Schumacher
Victor Schumacher
Adoro jogos de todos os tipos, sempre tentando ter as experiências mais variadas possíveis.
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