Quando vi Metal Thunder pela primeira vez, não criei grandes expectativas. A ideia de controlar um avião e disparar contra inimigos no solo não parecia muito divertida à primeira vista. Mas para minha surpresa, estava enganado. O jogo entrega exatamente aquilo que diz: uma experiência simples, direta e divertida. Sendo tipo de título que você abre para jogar “só uma missão” e acaba passando um bom tempo preso.
História quase invisível
Metal Thunder não finge ser algo que não é. Sua história é mínima, subentendida com o dialogo inicial da missão e a descrição do mapa. Basicamente, você assume o controle de um AC-130, encarregado de defender bases aliadas de insurgentes até a chegada dos reforços. Há uma guerra em andamento, e você é a última linha de defesa contra ondas de inimigos.
Pode parecer pouco, mas funciona. O jogo não perde tempo com cutscenes ou explicações desnecessárias. Ele te joga direto no caos, e o resto fica por conta da imaginação. Nesse sentido.
Jogabilidade envolvente
O ponto chave de Metal Thunder está na sua gameplay. O objetivo é claro: sobreviver ao ataque inimigo enquanto defende uma base. Cada missão apresenta um cenário, com geografia própria e obstáculos diferentes, garantindo variedade mesmo com objetivos iguais. Também vale dizer que por mais que diversos inimigos estejam presentes toda hora na tela, chegando a pontos onde podemos haver mais de 100 inimigos presentes, o jogo mostra te mostra onde eles estão com um quadrado vermelho ao redor deles. Também para ajudar, podemos alterar as câmeras, indo desde tradicional, visão noturna até térmica para facilitar achar os inimigos.
A dificuldade cresce de forma consistente. No começo, é relativamente fácil eliminar inimigos, mas conforme o tempo passa, as ondas ficam cada vez mais intensas, com cada vez mais inimigos e veículos blindados. Em alguns momentos, pensei que não teria como realizar a defesa daquela área, apenas para ser salvo no último segundo por um recarregamento da minha munição. Esse equilíbrio entre tensão e alívio é um dos grandes pontos do jogo.
A mecânica principal é simples: eliminar inimigos te da experiência, que permite upar de nível e desbloquear melhorias. Cada partida se torna um ciclo de sobrevivência, adaptação e crescimento, criando uma sensação constante de progressão durante toda a missão.
Também, ao voltarmos ao menu principal podemos dar upgrade em nossas armas, melhorando diversos aspectos, como tempo de recarregamento, dano, área de efeito e tiros por clique, dando um sentimento de melhoria continua e grind.
Sistema de upgrades
Uma das partes mais satisfatórias do jogo é o sistema de upgrades. A cada nível conquistado, você pode escolher melhorias para seu arsenal. Essas melhorias vão desde:
Aumento no número de tiros por disparo
Mais dano
Maior área de efeito
Mais munição disponível
- Recarregamento mais rápido
Essa grande variedade de opções cria um espaço para personalização. Você pode focar em causar explosões devastadoras de curto alcance ou decidir ir atrás de consistência para manter o fogo contínuo por mais tempo. A cada nova missão, é possível experimentar combinações diferentes, o que dá bastante variedade ao gameplay.
Armas do arsenal
O jogo oferece uma boa diversidade de armamentos, cada um com papel específico:
30mm: a arma inicial e equilibrada, mas que falta de poder destrutivo em situações mais caóticas.
Hellfire: míssil teleguiado, excelente para eliminar alvos específicos, como veículos blindados.
Napalm: cria uma zona de negação de área, ideal para atrasar avanços.
Cluster: diversas bombas, perfeito para eliminar grandes hordas de inimigos.
A combinação de armas é essencial. Saber quando usar o míssil ou quando soltar uma napalm para conter uma multidão faz toda a diferença entre vitória e derrota.
Variedade de missões
Apesar da proposta simples, Metal Thunder mantém o seu estilo com mapas variados. Bases no deserto, cidades em ruínas, instalações industriais e áreas montanhosas aparecem ao longo da campanha. Cada ambiente força o jogador a adaptar estratégias, já que a geografia interfere na movimentação dos inimigos e na sua linha de visão.
Visual prático, mas funcional
O visual do jogo não é o destaque, mas cumpre bem sua função. Os cenários são mais práticos do que impressionantes, com foco na clareza e na legibilidade do campo de batalha. O design aposta em um estilo semi-realista, mas sem grande preocupação em deslumbrar.
A vantagem é que, mesmo em meio ao caos de explosões e inimigos, a tela nunca se torna confusa. Você sempre sabe onde mirar, o que é essencial em um jogo que exige reflexos rápidos e tomada de decisão em segundos.
Trilha sonora e áudio
A trilha sonora acompanha bem o ritmo. São músicas tensas e militares, criadas para manter a adrenalina alta durante os combates. Embora não seja particularmente memorável, cumpre bem o papel de dar ritmo às lutas.
Os efeitos sonoros são destaque: tiros, explosões e o destinto som da arma recarregando criam uma atmosfera envolvente. O impacto de cada disparo é satisfatório.
Desempenho técnico
Testamos o jogo em um Intel i5 14400F, RTX 4060 Ti e 32 GB de RAM O jogo rodou de forma estável, mantendo média de 140 FPS com tudo no máximo.
Conclusão
Metal Thunder não é um jogo para quem busca profundidade narrativa ou gráficos de ponta. Ele é sobre ação, decisões rápidas e aquele prazer simples de usar um arsenal devastador contra ondas de inimigos.
Seu loop de gameplay é viciante, o sistema de upgrades incentiva experimentação e a variedade de armas e randomização mantém as partidas frescas. Mesmo com visuais modestos, a clareza e o desempenho estável garantem que nada atrapalhe a diversão.
NOTA
CONSIDERAÇÕES
Metal Thunder é uma surpresa positiva, para quem gosta de jogos intensos, curtos e satisfatórios. Porem não acaba impressionando muito durante a gameplay.